A propósito da minha postagem anterior, EU TAMBÉM QUERO SER FELIZ AGORA, trago à baila um poema de Fernando Pessoa. Através da leitura desse poema é possível iniciar uma reflexão sobre a nossa necessidade, e ao mesmo tempo, a nossa dificuldade de nos libertarmos. Quando, enfim, seremos capazes de nos libertarmos e dizer: EU SOU (ESTANDO) FELIZ AGORA, porque sou livre para ser o que sou, quem sou, um ser inteiro de mim com os meus sentimentos, com a minha alma e a minha comunhão. Não possuímos a eternidade neste espaço-tempo, portanto, devemos viver intensamente nele, para que no dia da nossa partida tenhamos deixado um legado de vida. (ao meu primo Edvaldo que partiu deste espaço-tempo, no dia de ontem, deixando uma vida bem vivida - vá em paz e com Deus)
Quando é que o cativeiro
Acabará em mim,
E, próprio dianteiro,
Avançarei enfim?
Quando é que me desato
Dos laços que me dei?
Quando serei um facto?
Quando é que me serei?
Quando, ao virar da esquina
De qualquer dia meu,
Me acharei alma digna
Da alma que Deus me deu?
Quando é que será quando?
Não sei. E até então
Viverei perguntando:
Perguntarei em vão.
Fernando Pessoa
Acabará em mim,
E, próprio dianteiro,
Avançarei enfim?
Quando é que me desato
Dos laços que me dei?
Quando serei um facto?
Quando é que me serei?
Quando, ao virar da esquina
De qualquer dia meu,
Me acharei alma digna
Da alma que Deus me deu?
Quando é que será quando?
Não sei. E até então
Viverei perguntando:
Perguntarei em vão.
Fernando Pessoa
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